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Ansiolítico: principais tipos + quando seu uso é indicado

27/03/2025

Entenda para que serve o ansiolítico, os tipos, quando seu uso é recomendado e qual médico pode prescrever o tratamento.

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Os transtornos de ansiedade são os distúrbios mais prevalentes no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 264 milhões de pessoas sofrem com o problema, condição que pode prejudicar a vida social e profissional. ¹

Para amenizar os sintomas do quadro e melhorar a qualidade de vida dos afetados, seguir um tratamento para ansiedade é fundamental — o que costuma envolver o acompanhamento psicológico e o uso de um ansiolítico. ¹

Se você ainda não conhece essa classe de medicamentos, leia este conteúdo até o final e descubra qual a diferença entre ansiolítico e antidepressivo e quando cada remédio é indicado. Boa leitura!

Resumo

  • O ansiolítico é um remédio indicado para o tratamento de distúrbios de ansiedade, estresse e tensão. 1,2
  • Sua ação no sistema nervoso favorece o relaxamento do corpo e causa uma sedação leve, o que ameniza os sintomas da ansiedade. 1,2
  • Em quadros mais graves, o antidepressivo pode ser um medicamento mais efetivo. No entanto, para o tratamento de curto prazo de um quadro leve de ansiedade, o ansiolítico pode ser indicado. 2,3
  • Existem diferentes tipos de remédios para ansiedade, como inibidores da recaptação da serotonina e da noradrenalina, benzodiazepínicos e betabloqueadores. ²
  • Geralmente, o tratamento da ansiedade envolve o uso de medicamentos e o acompanhamento psicológico. ²

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O que é ansiolítico?

O ansiolítico é um medicamento utilizado para tratar a ansiedade, o estresse e a tensão. Embora essas emoções sejam naturais e comuns, quando se tornam intensas e persistentes, podem se transformar em transtornos e afetar a qualidade de vida. 1,2

Sua ação calmante e tranquilizante favorece o relaxamento mental e muscular, o que ajuda a amenizar os sintomas e reduzir os episódios. Além disso, o médico pode recomendar a combinação do tratamento medicamentoso com a psicoterapia. 1,2

Qual a diferença entre ansiolítico e antidepressivo?

A diferença entre ansiolítico e antidepressivo é para que tipo de transtorno mental cada medicamento é indicado: o primeiro é recomendado para o tratamento de sintomas de ansiedade, enquanto o segundo trata principalmente quadros de depressão. 2,3

Porém, o médico também pode prescrever o uso de um antidepressivo para um paciente com ansiedade, especialmente para o transtorno de ansiedade generalizada (TAG), a fobia social e o transtorno do pânico. ³

Essa decisão não é incomum, principalmente porque os transtornos podem estar associados. Além disso, para quadros mais graves, um antidepressivo pode ser mais efetivo. ³

Afinal, enquanto o ansiolítico age no sistema nervoso central para promover relaxamento e, às vezes, sedação leve, os antidepressivos atuam no equilíbrio dos neurotransmissores que modulam o humor e o comportamento. 2,3

Além disso, o tempo de tratamento pode influenciar a decisão do médico sobre o uso de cada medicamento. Normalmente, os ansiolíticos são usados ​​para um tratamento de curto prazo. ²

Quais os tipos de remédios ansiolíticos?

Existem diversos tipos de remédios ansiolíticos e cada pessoa pode se dar melhor com um determinado medicamento. Afinal, o tipo de transtorno e a sua gravidade são fatores que influenciam diretamente essa escolha. ²

Além disso, o mecanismo de ação do remédio, os efeitos colaterais e a resposta individual são aspectos importantes para chegar ao tratamento mais adequado para cada paciente. ²

Para ansiedade, as principais opções que os médicos costumam prescrever são: ²

  • inibidores seletivos de recaptação de serotonina (fluoxetina, sertralina, paroxetina, escitalopram e citalopram): medicamentos antidepressivos indicados para todos os transtornos de ansiedade e considerados a primeira linha de tratamento;
  • inibidores seletivos da recaptação da serotonina e da noradrenalina (venlafaxina e duloxetina): o tipo de medicamento mais recomendado para o tratamento do transtorno de ansiedade generalizada (TAG), embora sejam antidepressivos;
  • benzodiazepínicos (alprazolam, clonazepam, diazepam e lorazepam): ansiolíticos recomendados para o tratamento de curto prazo da ansiedade, visto que agem rápido e proporcionam alívio dos sintomas em 30 minutos a uma hora;
  • betabloqueadores (propranolol e atenolol): usualmente indicado para tratar hipertensão e cardiopatia isquêmica, os betabloqueadores são recomendados em casos de ansiedade para tratamento dos sintomas físicos, como frequência cardíaca rápida, voz trêmula, suor, tontura e mãos trêmulas, indicados principalmente para quadros de fobia.

Como o ansiolítico age no organismo?

Cada tipo de ansiolítico tem um mecanismo de ação. Os benzodiazepínicos, que são a classe de medicamentos psiquiátricos mais amplamente prescrita no mundo, aliviam os sintomas da ansiedade ao reduzirem a atividade cerebral, o que proporciona relaxamento. ¹

Esse processo ocorre porque o remédio aumenta a atividade do GABA, um neurotransmissor que diminui a atividade dos neurônios e provoca um efeito sedativo. ¹

Quando o uso de um remédio ansiolítico é recomendado?

O uso de um ansiolítico pode ser indicado para casos de ansiedade patológica moderada a grave, em especial quando somente a psicoterapia não é suficiente para melhorar os sintomas e a qualidade de vida do paciente. ²

A administração do remédio precisa ser acompanhada por um profissional para possíveis ajustes da dose e para retirar a medicação, quando o tratamento terminar. ²

Qual médico pode prescrever um medicamento para ansiedade?

O tratamento para a ansiedade envolve uma abordagem multidisciplinar com psiquiatra, o profissional mais indicado para lidar com o transtorno, e um psicólogo. ²

O psiquiatra é especializado em saúde mental e pode avaliar a gravidade da sua ansiedade, prescrever medicações adequadas e ajustar o tratamento conforme necessário. ²

Além disso, o psicólogo desempenha um papel essencial no processo, especialmente para te ajudar a identificar e modificar pensamentos e comportamentos que contribuem para o quadro. ²

No entanto, lembre-se de que o psicólogo não pode receitar medicações, ok? Caso julgue necessário, ele deve te encaminhar para uma avaliação psiquiátrica.

Conheça o diazepam!

O diazepam é um ansiolítico controlado, vendido sob prescrição médica, indicado para o tratamento sintomático da ansiedade, tensão e outros sintomas físicos e psicológicos associados ao transtorno. 4

Sua ação sedativa controla os efeitos da ansiedade no corpo, previne convulsões e atua como um relaxante muscular. É possível perceber a melhora dos sintomas após 20 minutos da sua administração. 4

Para saber mais sobre o diazepam, confira a bula.

Diazepam 5 mg e 10 mg. Comprimido. MS 1.5584.0121. VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL. USO ADULTO. INDICAÇÕES: para alívio sintomático da ansiedade, tensão e outras queixas somáticas ou psicológicas associadas com a síndrome da ansiedade. Pode também ser usado no tratamento da espasticidade devido à lesão dos interneurônios espinhais e supra espinhais tal como ocorre na paralisia cerebral e paraplegia, assim como na atetose e na síndrome rígida. CONTRAINDICAÇÕES: não deve ser administrada a pacientes com hipersensibilidade aos benzodiazepínicos ou a qualquer excipiente do produto, glaucoma de ângulo agudo, insuficiência respiratória grave, insuficiência hepática grave, síndrome da apneia do sono ou miastenia gravis. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: não deve ser utilizado em pacientes com insuficiência hepática grave. Pode ocorrer alguma redução na resposta aos efeitos dos benzodiazepínicos, após uso repetido de diazepam, por período prolongado. Pode levar ao desenvolvimento de dependência física ou psíquica. , nesta situação a retirada abrupta do tratamento será acompanhada de sintomas de abstinência. O diazepam deverá ser utilizado em pacientes pediátricos com extrema cautela e somente quando outras alternativas terapêuticas não estiverem disponíveis. São recomendadas doses menores para pacientes idosos, debilitados e com insuficiência respiratória crônica por causa do risco de depressão respiratória. Se o produto for prescrito para uma mulher em idade fértil, ela deve entrar em contato com o seu médico para a interrupção do produto, caso queira engravidar ou suspeita de gravidez. Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Não deve ser administrado em pacientes que estejam amamentando. Pacientes sob uso de diazepam devem ser alertados quanto à realização de atividades perigosas que requeiram grande atenção como operar máquinas perigosas ou dirigir veículos. Devem ser igualmente alertados sobre o consumo concomitante de bebidas alcoólicas, pois pode ocorrer potencialização dos efeitos indesejáveis de ambas as drogas. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: os inibidores e indutores de CYP3A4 e CYP2C19, suco de toranja, derivados de antimicóticos, fluvoxamina, contraceptivos hormonais combinados; omeprazol, inibidor de bomba de prótons, cimetidina, antagonista do receptor H2 da histamina e inibidor de múltiplas isoenzimas CYP, antituberculínicos, diltiazem, bloqueador do canal de cálcio, psicoestimulantes modafinil e armodafinil, rifampicina, carbamazepina, alimentos e antiácidos, drogas procinéticas, metoclopramida intravenosa, morfina, petidina, clozapina, fenotiazinas, levopromazina, olanzapina, metadona, levodopa, xantinas teofilina, cafeína, cetamina e álcool. REAÇÕES ADVERSAS: efeitos mais comumente: cansaço, sonolência e fraqueza muscular. Esses efeitos ocorrem predominantemente no início do tratamento e geralmente desaparecem com a administração prolongada. POSOLOGIA: dose inicial: de 5 -10mg. Dependendo da gravidade dos sintomas, 5 - 20mg/dia. Cada dose oral para adultos não deve normalmente ser superior a 10mg. Pacientes idosos e com distúrbios da função hepática, devem receber doses menores. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. O ABUSO DESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR DEPENDÊNCIA. MB02/18. Janeiro/2025.